Sunday, April 29, 2007

Diagnostico do cancro da mama

É fundamental que o diagnóstico do cancro da mama seja feito o mais precocemente possível, pois isto aumenta as hipóteses de cura, evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo (metastização), favorecendo o tratamento, a recuperação e a reabilitação. Ao contrário de outros órgãos, a mama é um órgão facilmente acessível, através da observação/palpação, o que permite uma maior facilidade na detecção de lesões nela existentes. Contudo, em caso de dúvida, deve-se recorrer a exames auxiliares pois estes conseguem detectar tumores numa fase em que estes ainda não são palpáveis, designada fase sub-clínica.

Assim, com base na importância de um diagnóstico precoce desta doença, é necessário à mulher a realização de diversos exames periódicos, cuja execução pode ser feita ou não pela própria. Os exames periódicos são exames que a mulher deve fazer frequentemente independentemente de suspeitar ou não da presença de um tumor na mama. Como exames periódicos há a considerar:


Auto-exame da Mama


O auto-exame mamário, como o próprio nome indica, é uma técnica através da qual a mulher examina os seus próprios seios. Este processo deve ser feito mensalmente e após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam, assim como as que já se encontram na menopausa, ou ainda as que se submeteram a uma histerectomia (remoção do útero), devem escolher um dia em cada mês, onde procedem ao exame.
Este exame permite detectar nódulos que podem ser de origem maligna ou benigna, sendo que a mulher deverá consultar um médico para este avaliar qualquer alteração verificada durante este exame. O auto-exame da mama é uma opção para as mulheres com cerca de 20 anos, sendo que é essencial consultar o médico ou uma enfermeira para que estes possam informar o método adequado para efectuar este exame, o que vai permitir à mulher conhecer melhor os seus seios e assim, detectar com mais facilidade qualquer alteração.








Exame clínico mamário




O exame clínico mamário é realizado por um profissional de saúde treinado para tal e deve ser instituído como rotina nos exames físicos. Este exame apresenta as mesmas vantagens que o auto-exame, nomeadamente na ausência de efeitos colaterais, baixo custo e o facto de ser de fácil realização. As mulheres entre os 20 e os 30 anos de idade devem dirigir-se a um técnico de saúde especializado a cada 3 anos, no sentido de fazer este exame clínico. A partir dos 40 anos as mulheres devem efectuar este exame uma vez por ano.
Quando, no entanto, há uma suspeita de cancro da mama, baseada em sintomas e exames já realizados, a mulher deve averiguar esta situação, efectuando diversos exames que poderão concluir de forma mais segura se há ou não um tumor na mama. Na verdade, são os exames periódicos que, normalmente, indicam alguma alteração que levam a mulher a realizar exames mais rigorosos. São muitos os casos onde a mulher apenas faz os exames clínicos após ter feito um auto-exame da mama, onde encontra alterações na sua mama. Nos Estados Unidos da América, esta situação é frequente, pois 90% dos cancros da mama são descobertos pela própria mulher durante o seu auto-exame. Contudo, actualmente, os médicos aconselham as mulheres a fazerem estes exames rigorosos como rotina e não, simplesmente, quando há uma suspeita:

Mamografia / Mamograma



É o principal exame das mamas, realizado através de raios X específico para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação. Determina, ainda, se perante alguma alteração é necessário recorrer a uma biopsia. É um exame de alta sensibilidade, mas está directamente relacionada com a idade da mulher, sendo esta tanto menos sensível quanto mais nova for, isto porque têm uma maior densidade no tecido mamário. Devido a isto e ao facto de a radiação ionizante utilizada neste exame ser considerada factor de risco para o cancro da Mama, a mamografia não deve ser feita em mulheres muito jovens e nem praticada de forma indiscriminada.
Normalmente este exame é proposto nos programas de rastreio, para mulheres a partir dos 40 anos, visto este exame ser bastante eficaz para esta idade.
Muitas das vezes, são detectadas nas mamografias acumulações de cálcio, não resultantes da dieta da mulher, mas sim, de radiações, traumatismos e imflamações. A maioria destes “blocos” são inofensivos mas alguns podem querer indicar a existência de um cancro da mama.






Ultra-sonografia


Esta técnica é um importante método auxiliar que informa sobre o estado da pele e dos tecidos sub-cutâneos, celular e muscular, e ainda possibilita a distinção entre tumores sólidos (nódulo maligno) e líquidos (cistos). A ultra-sonografia pode ser, ainda, útil na avaliação de nódulos clinicamente palpáveis mas não evidenciáveis pela mamografia. Este processo complementa a mamografia.
Citologia Aspirativa



Esta técnica consiste em, por meio de uma agulha fina e de uma seringa, o médico aspirar uma certa quantidade de líquido ou uma porção pequena do tecido do nódulo, para posterior exame microscópico. Esta técnica é bastante semelhante à biopsia.



Biópsia


A biópsia consiste num procedimento, cirúrgico ou não, onde se recolhe uma amostra do tecido do possível tumor, para mais tarde ser examinado ao microscópio, concluindo se se trata de um cancro da mama.
Os médicos podem retirar células ou tecido da mama, recorrendo a diferentes métodos:







Aspiração com agulha fina: o médico usa uma agulha fina para remover células de um nódulo na mama, que deverá ser analisado num laboratório, onde um patologista usa um microscópio para procurar células cancerígenas.


Biópsia "Core": o médico usa uma agulha para remover tecido mamário. Um patologista analisa o tecido, para ver se tem células cancerígenas; este procedimento é, também, chamado microbiópsia.


• Biópsia cirúrgica: numa biópsia incisional, o cirurgião remove uma amostra de um nódulo ou de uma zona anormal. Se for uma biópsia excisional, o cirurgião remove completamente o nódulo ou a zona anormal. Posteriormente, um patologista analisa o tecido retirado, para ver se tem células cancerígenas.

Receptores hormonais


Por vezes, o médico solicita testes médicos que revelam se as hormonas existentes no sangue estimulam ou não o desenvolvimento de um cancro da Mama.

No comments: