Saturday, May 12, 2007

Introdução ao Cancro

São muitas as doenças que, actualmente, afectam milhões de pessoas por todo o mundo. Muitas delas são facilmente curáveis ao contrário de outras que, infelizmente, são fatais, causando aumentos significativos nas taxas de mortalidade de cada país. Em Portugal, são várias as doenças para as quais os técnicos de saúde não têm, ainda, resolução. Esta situação transmite-se nos elevados números de certas doenças no nosso país.
As doenças, de um modo geral, podem ser divididas em três grandes grupos:

As doenças degenerativas e inflamatórias levam à multiplicação e perca de tecidos de órgãos. Enquanto que as neoplásicas (neo – novo + plasia – tecido) dão origem a tecidos novos. As neoplásicas podem dar origem a dois tipos de tecidos: os benignos e os malignos, sendo ambos designados por tumores. Apesar de serem tumores, as neoplasias benignas não afectam o organismo. Já os tumores malignos afectam o mesmo, levando muitas vezes à morte do indivíduo portador.

Através deste trabalho, pretende-se fornecer todos os esclarecimentos que se consideram fulcrais sobre as neoplasias malignas, também designadas por cancro, uma das doenças que mais mortes causa em Portugal, e também no mundo, e para a qual há, ainda, muitas dúvidas e incertezas junto da comunidade médico-científica. Contudo, e segundo o Professor Manuel Sobrinho Simões, a investigação no cancro e noutras áreas tem vindo a desenvolver-se “ Nós temos, hoje, áreas de investigação em ciências da saúde, em que somos tão bons como os bons países europeus, o que temos é menos gente, menos massa critica, menos tradição de avaliação e menos sustentabilidade de investimentos

É importante começar por distinguir tumor benigno de tumor maligno. Um tumor benigno é apenas um conjunto de células que se divide de forma anormal, não tendo estas capacidade invasiva, nem de se espalharem por metástases (alteração de posição de uma célula cancerosa, deixando o tumor inicial para se instalar e proliferar numa outra célula para outro local no corpo do portador), estando muitas vezes cobertos por uma cápsula que faz com que não consigam espalhar-se pelo corpo. Entende-se por tumor maligno a um conjunto muito heterogéneo e multifactorial (resultado de vários factores ambientais e genéticos, por exemplo) de doenças que têm em comum o facto de apresentarem sempre o crescimento (maior ou menor, dependendo dos casos) de um tecido neoformado.

Friday, May 11, 2007

Tipos de Cancro

Incidindo-se este trabalho nas neoplasias malignas, importa dividir os vários tipos de cancro. São eles:

Sarcoma – É o nome pelo qual se designam os cancros que afectam as células epiteliais do corpo (como a pele, glândulas mucosas). Este tipo de cancro representa cerca de 80% de todos os cancros.
Carcinoma - Este tipo de cancro dá-se em tecidos como ossos, ligamentos e músculos, tecidos conjuntivos/ligação
Leucemia - Este cancro localiza-se no sangue com um aumento considerável dos glóbulos brancos, nomeadamente os leucócitos. Caracteriza-se também por não existir o tumor propriamente dito uma vez que este cancro se localiza no sangue.
Linfoma – À semelhança da leucemia, o linfoma também se caracteriza por ser um crescimento anormal de glóbulos brancos, mas neste caso dos linfócitos que se encontram no sistema linfático (é um sistema paralelo ao sistema circulatório, sendo um sistema imunitário do organismo, constituído por 99% de glóbulos brancos – linfócitos-, não tendo na sua constituição glóbulos vermelhos). Os linfomas podem ainda dividir em não Hodgkin e Hodgkin.

Estes quatro tipos de cancro caracterizam-se por uma divisão e crescimento anormal das células. São caracterizadas também pela perca de funcionalidade/especialização, para que estavam inicialmente programadas.

Thursday, May 10, 2007

Formação e multiplicação de um cancro

Salientando anteriormente os vários tipos de tumores malignos que existem, é de referir a sua formação.
Todos estes tipos cancros são causados por mutações nos genes (portanto génicas), causadas por factores externos, físicos ou químicos, como radiações (de várias gamas) e diversas toxinas e químicos. Estes agentes que desencadeiam todo o processo de formação do cancro chamam-se agentes carcinogéneos. Estes activam proto-oncogenes, genes que estão normalmente inactivos e que têm a capacidade de estimular o crescimento celular, e que após a mutação passam a designar-se por oncogenes, cuja função é estimular a divisão das células, podendo surgir um tumor. Podem, também, desactivar os designados genes supressores tumorais, cuja função consiste na inibição da divisão celular. Estes genes, os proto-oncogenes e os genes supressores tumorais têm como principal função manter estável a divisão celular, de acordo com as necessidades do organismo.


Na fase de progressão ou promoção, a última fase, existe um factor que não é em si um carcinogénio, mas ajuda ao estímulo do crescimento das células.
Em cada momento, cada organismo pluricelular é o resultado de um equilíbrio que se gere entre proliferação celular e a morte programada das muitas células que se dividem por dia no organismo humano. A morte destas células pode ocorrer por dois fenómenos distintos: a Apoptose e a Necrose.


Necrose – as células morrem devido a acção de substâncias tóxicas ou à falta de nutrientes essenciais. Apesar de manterem o núcleo intacto, aumentam de volume, rompe-se a membrana plasmática e verte-se o conteúdo da célula para o meio extracelular, causando uma pequena inflamação. É o resultado de, por exemplo, quimioterapia.
Apoptose – ocorre um conjunto de fenómenos programados geneticamente e que levam a morte da célula. Quando as células apresentam anomalias, sobretudo genéticas (como as células malignas), ou já não são necessárias ao organismo (como as células que existem no espaço interdigitais no desenvolvimento do embrião humano), desencadeia-se através de mecanismos determinados geneticamente e comuns a maioria das células, um conjunto de fenómenos que conduzem a um verdadeiro “suicídio” celular. A célula começa por se isolar das células vizinhas, compactando quer o citoplasma quer a cromatina. Seguidamente uma enzima (endonuclease) fragmenta o DNA em pequenas unidades e a célula fragmenta-se em pequenas porções sem que ocorra ruptura e, portanto, resposta inflamatória.



Num tecido normal a divisão celular é contrabalançada pela apoptose. Quando este equilíbrio se rompe pode surgir um cancro.
As mutações, atrás referidas, que ocorrem sobre os genes supressores tumorais e os proto-oncogenes podem ser transmitidas hereditariamente ou ocorrer esporadicamente.

Wednesday, May 9, 2007

Cancro hereditário e esporádico

As mutações, atrás referidas, que ocorrem sobre os genes supressores tumorais e os proto-oncogenes podem ser transmitidas hereditariamente ou ocorrer esporadicamente.

Uma família de cancro hereditário pode apresentar vários indivíduos com o mesmo tipo(s) de cancro(s) relacionados em idades mais jovens (geralmente antes dos 50 anos). Além disso, podem existir indivíduos com mais de um tipo de cancro (por exemplo: cancro do cólon num sobrevivente de cancro da mama, cancro bilateral ou cancro multifocal (isto é dois ou mais cancros no mesmo órgão como por exemplo dois cancros do cólon separados).

Para entender o que é um cancro hereditário é necessário que se entenda o conceito de hereditariedade.
A semelhança que existe entre pais e filhos é reconhecida desde há milhares de anos. Aos poucos, foi reconhecido que essas semelhanças, determinadas pelo parentesco, não se limitavam à aparência física, mas respondiam ao funcionamento de todo o organismo: aptidões físicas e intelectuais, temperamento e preferências gastronómicas repetiam-se dentro de uma mesma família. A transmissão de características para cada nova geração recebeu o nome de hereditariedade.
Entretanto, as explicações sobre a hereditariedade só começaram a ser apresentadas há poucos séculos, desenvolvendo-se dentro de uma ciência chamada Genética.
As características pessoais são transmitidas aos filhos em combinações sempre diferentes, cada um dos pais contribuindo com metade das informações necessárias para a formação de um novo ser vivo. Essas informações estão armazenadas no núcleo das células, em estruturas denominadas cromossomas.
Nos cromossomas, sequências de ácido desoxirribonucleico (DNA) formam genes, que orientam a produção das proteínas pelas células.
Na fusão dos gâmetas (espermatozóide e óvulo), cada um deles com 23 cromossomas, uma nova célula é criada, com 46 cromossomas. Essa célula, chamada ovo, irá desenvolver-se como embrião, no interior do útero materno. Assim, um novo indivíduo é sempre formado a partir da combinação do material genético dos seus pais. A transmissão dessas informações através das gerações é denominada herança genética.
As famílias de cancro hereditário apresentam geralmente casos de cancro em duas ou mais gerações consecutivas, com padrão de transmissão autossómico dominante. Por outras palavras, quando um dos progenitores tem uma predisposição hereditária para cancro, cada um dos seus filhos tem 50% de possibilidades de herdar essa predisposição.
Os indivíduos que herdarem a predisposição têm um risco elevado de vir a desenvolver o(s) cancro(s) associado(s), enquanto que os familiares que não herdarem essa predisposição não apresentam um risco de desenvolver cancro superior ao da população em geral. Nestes casos, o teste genético é geralmente benéfico já que pode determinar quais são os indivíduos com um risco aumentado. Na maioria dos casos, é importante fazer em primeiro lugar o teste genético a um dos indivíduos com cancro, para identificar a mutação genética responsável, e em seguida testar os familiares não afectados.

No caso de se tratar de um cancro esporádico, a mutação ocorre devido a factores ambientais. Assim, tal como a palavra o indica, ocorre “por acaso”.
No caso de famílias com um caso de cancro na família, afectando um indivíduo de idade relativamente avançada, diz-se que se trata de uma situação esporádica. Por outras palavras, não se observa um padrão de transmissão hereditário e, geralmente, apenas um ou dois elementos da família apresentam cancro na faixa etária em que essa ocorrência é mais provável (indivíduos idosos). Neste caso os familiares não apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de cancro, não sendo recomendada a realização de teste genético.

Pode ainda existir uma divisão noutro tipo de cancro, designada por cancro familiar. No caso de uma família com um número de casos de cancro superior ao esperado, se essa ocorrência se devesse exclusivamente ao acaso, mas sem as características típicas do cancro hereditário, diz-se tratar-se de uma situação de “cancro familiar”. Por outras palavras, trata-se de famílias com um número elevado de casos de cancro em idades relativamente avançadas, mas sem as características típicas do cancro hereditário. Esta situação poderá ser o resultado de predisposição genética, a partilha de um estilo de vida semelhante, e a exposição comum a determinados factores ambientais. Geralmente, nas situações de cancro familiar, os familiares mais próximos de indivíduos afectados apresentam um pequeno aumento no risco de vir a desenvolver cancro, não sendo nestes casos de grande benefício a realização de teste genético

Tuesday, May 8, 2007

De onde vem o nome cancro?

Cancro é uma palavra derivada do acusativo latino “CANCRUM” que quer dizer caranguejo. A comparação do cancro com o caranguejo, feita pelos médicos da Antiguidade, é baseada no aspecto que certos cancros, já adiantados, apresentam, isto é, uma massa central com raízes ou pernas à sua volta, dando ainda a impressão que as dores provocadas são semelhantes à mordedura ou fechar violento das pinças ou “navalhas” do caranguejo.

Monday, May 7, 2007

Cancrofobia

Medo intenso de contrair cancro, desproporcionado em relação ao risco real, a ponto de o comportamento do paciente e o seu estilo de vida serem significativamente alterados por esta preocupação. Em vez da atenção e atitudes preventivas gerais que todos devemos ter (por exemplo, deixar de fumar), o cancrófobo adopta um comportamento extremista (prolongados rituais de higiene, fuga aos contactos sociais, hábitos alimentares bizarros), característico dos doentes obsessivo compulsivos. Se tem alguns sintomas banais (por exemplo, problemas de pele, obstipação ou tosse), fica imediatamente convencido de que são os sinais de um cancro, o que desencadeia uma angústia extrema que pode levar a crises de pânico. A psicoterapia pode ser benéfica nestes casos.

Cancro em Portugal

Neste trabalho serão tratados os tipos de cancro que mais mortes causam em Portugal. Para concluir quais são os que possuem esta característica foi necessário uma pesquisa de gráficos/dados que demonstraram que o Cancro da Mama, da Próstata e do Cólon (e recto) seriam os que melhor se adaptavam

Sunday, May 6, 2007

Estrutura normal da mama

Os seios são os órgãos responsáveis pela produção de leite. A mama feminina é formada por múltiplos lobos os quais contém muitos lóbulos (unidades produtoras de leite), ductos (canais que ligam os lóbulos ao mamilo e por onde flui o leite), mamilo, o centro de uma área escura de pele designada aréola e o estroma (tecido adiposo e conjuntivo que rodeia e suporta os ductos, lóbulos, vasos e linfáticos).
Nas mulheres, as mamas podem ter tamanhos, formas e consistências variadas e, durante a vida, mudam em função da idade, ciclo menstrual, gravidez, menopausa, uso de pílulas anticoncepcionais ou por factores hormonais. A mama tem, também, vasos linfáticos, que transportam um líquido, a linfa. Os vasos linfáticos terminam nuns órgãos pequenos e arredondados - os gânglios linfáticos. Encontram-se grupos de gânglios linfáticos perto da mama, nas axilas (debaixo do braço), acima da clavícula, no peito (atrás do esterno), e em muitas outras partes do corpo. Os gânglios linfáticos são responsáveis pela retenção de bactérias, células cancerígenas ou outras substâncias malignas que se podem encontrar no sistema linfático. Quando as células do cancro da mama entram no sistema linfático, podem ser encontradas nos gânglios linfáticos próximos da mama.




Estrutura da mama Vasos linf'aticos na
zona mamaria



Saturday, May 5, 2007

O que é o cancro da mama?

A mama é um órgão constituído por imensas células que têm a capacidade de se dividir e multiplicar, processo este que, em condições normais, ocorre de forma controlada e tem como objecto renovar o tecido mamário. Contudo, algumas destas células alteram-se e não conseguem dividir-se de forma ordenada, multiplicando-se muito rapidamente. Esta multiplicação sem limites pode levar à invasão destas células, designadas neoplásicas, a outros tecidos vizinhos, formando um tumor maligno (figura ao lado) ou tumor invasivo. Em casos mais graves estas células chegam a iniciar e desenvolver metastização, isto é, chegam a atingir outros órgãos além da mama. Caso as células se multipliquem descontroladamente mas não invadam outros tecidos o tumor será benigno ou tumor não-invasivo (carcinoma in-situ). Esta situação ocorre na primeira fase da evolução de um cancro antes de haver a invasão das células a outros tecidos.

Na formação de um cancro da mama, é importante ter em conta os constituintes desta, nomeadamente os ductos e os lóbulos. Isto porque, os cancros da mama mais comuns desenvolvem-se a partir destas estrutura e tomam a sua designação conforme a sua localização seja nos canais de união (ductos) ou nos pequenos conjuntos glandulares que formam a parte principal do tecido mamário (lóbulos).


Assim:

- Carcinoma ductal invasivo/não - invasivo (in-situ)
- Carcinoma lobular invasivo/não - invasivo (in-situ)
- Carcinoma inflamatório – onde a mama surge avermelhada e inflamada.

Friday, May 4, 2007

Cancro da mama no homem

Embora a população feminina seja a mais atingida por este tipo de cancro, também os homens sofrem com esta doença, ao contrário da ideia que muitos têm. Contudo, as estatísticas revelam que é nas mulheres que é mais comum surgir um cancro da Mama.
Devido ao facto de ser muito pouco comum, raramente se suspeita que esta doença seja a causa dos sintomas que o doente apresenta e nem o homem que tem o cancro nem o seu médico o têm em conta. Como resultado, o cancro da mama masculino costuma chegar a um estado avançado antes de ser diagnosticado.
Normalmente o cancro da mama no homem ocorre numa idade avançada, estando associado a mutações do gene BRCA 2.




Mamografia de um tumor na mama no homem

Thursday, May 3, 2007

Tipos de cancro da mama

É importante conhecer alguns dos termos utilizados para descrever os cancros da mama, uma vez que o tratamento e prognóstico variam de doente para doente e em função do tipo de tumor.

- Adenocarcinoma: quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois tipos mais frequentes são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.


- Carcinoma ductal in situ (CDIS): o carcinoma ductal in situ é o tumor da mama não invasivo mais frequente. Praticamente todas as mulheres com CDIS podem ser curadas (figura 5).


- Carcinoma ductal invasor (CDI): este é o cancro invasor da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos vizinhos. Nesta fase pode metastizar através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos. Cerca de 80% dos cancros da mama invasores são carcinomas ductais.(figura 6)


- Carcinoma lobular in situ (CLIS): embora não seja um verdadeiro cancro, o CLIS é por vezes classificado como um cancro da mama não invasivo. Muitos especialistas pensam que o CLIS não se transforma num carcinoma invasor mas as mulheres com esta neoplasia têm um maior risco de desenvolver cancro da mama invasor (figura 7).


- Carcinoma lobular invasor (CLI): tem origem nas unidades produtoras de leite, ou seja, nos lóbulos. À semelhança do CDI pode disseminar-se (metastizar) para outras partes do corpo. Cerca de 10% dos cancros da mama invasores são carcinomas lobulares (figura 8).


- Carcinoma inflamatório da mama: este é um cancro agressivo mas infrequente, correspondendo a cerca de 1% a 3% de todos os cancros da mama.


- Outros tipos mais raros de cancro da mama são o Carcinoma Medular, o Carcinoma Mucinoso, o Carcinoma Tubular e o Tumor Filoide Maligno, entre outros.


Wednesday, May 2, 2007

Causas do cancro da mama

O cancro da Mama é uma doença complexa, onde existe uma forte relação entre factores ambientais e genéticos, no que diz respeito às suas “causas”.
Na verdade, estas não são conhecidas, ou pelo menos, não são certas de que levam ao desenvolvimento desta doença. Assim, o que se pode afirmar é que existem determinados factores de risco associados à doença. Estes factores de risco referem-se à disposição de um indivíduo vir a padecer de cancro da Mama, contudo, isto não implica que obrigatoriamente a pessoa vá sofrer da doença.
É possível afirmar que existem dois tipos de factores de risco: factores de risco não modificáveis e factores de risco modificáveis. Os primeiros, como o próprio nome indica, são factores os quais o indivíduo nada pode fazer para os evitar, enquanto os segundos são factores de risco associados ao estilo de vida de cada um e os quais podem e devem ser evitados para que não se desenvolva nenhuma doença, como o cancro.
Assim, como factores de risco não modificáveis tem-se:



• Idade
(clique na imagem para ver melhor)




O risco de aparecimento de cancro da Mama aumenta com a idade da mulher.
Uma das marcas comuns de envelhecimento da mulher é o aparecimento da menopausa, sendo pouco comum o surgimento de um cancro da mama antes desta fase. Cerca de 60 % dos cancros da mama aparecem nas mulheres com mais de 60 anos. O risco é muito maior depois dos 75 anos.

Sexo - O facto de se ser mulher é por si só um factor de risco para se padecer de cancro da Mama. Contudo, isto não quer dizer que esta doença não atinja a população masculina, apenas que esta não é tão atingida, visto que nas mulheres é cem vezes mais comum nas mulheres do que nos homens.

História Familiar - O risco de uma mulher ter cancro da mama aumenta se houver história familiar de cancro da mama, principalmente parentes próximos como a sua mãe, tia ou irmã, especialmente em idades mais jovens (antes dos 40 anos); ter outros familiares com cancro da mama, do lado materno ou paterno da família pode, também, aumentar, embora ligeiramente, o risco de contrair a doença. Uma mulher cujos familiares próximos tenham cancro da mama não tem mais de 30 % de probabilidades de contrair este tipo de cancro antes dos 75 anos.
É importante esclarecer a diferença entre Hereditariedade e Agregação Familiar. A maioria dos cancros exibe uma agregação familiar, o que não quer dizer que estes cancros são hereditários. Na verdade, poderá haver a mutação de um gene responsável pela doença e, neste caso, o cancro será hereditário. Contudo, poderá apenas ser causado por factores ambientais, partilhados por todos os membros da família, não sendo necessariamente hereditário.
Para se determinar se se pertence a uma família de risco para o cancro da Mama ou ovário, uma vez que estes cancros estão bastante relacionados, é frequente consultar um médico especialista na chamada Consulta de Aconselhamento Genético ou Consulta de Risco Familiar. Nesta, o médico irá estudar a história familiar do indivíduo em questão e concluir se este estará ou não em risco de padecer desta doença hereditária. São vários os dados sugestivos de predisposição hereditária para o cancro da mama e do ovário numa família, os quais são possíveis consultar em anexo


História Pessoal de cancro da Mama – Uma mulher que já tenha tido cancro da mama (numa mama), tem maior risco de ter esta doença na outra mama. Ter tido uma doença mamária benigna parece, também, aumentar o risco de cancro da Mama, embora a situação só se considere preocupante se esta doença estiver associada ao aparecimento de tecidos anormais da Mama. Caso isto não aconteça, o risco de padecer de cancro da Mama é apenas moderado e ocorrerá apenas em mulheres cujo número de canais mamários e muito elevada.

Factores genéticos - O genoma humano é composto por inúmeros genes presentes nas células, dos quais é importante destacar BRCA1, BRCA2 e HER2. Estes genes asseguram, normalmente, um bom funcionamento celular, reparando anomalias que poderiam conduzir ao aparecimento de cancro da Mama. No entanto, em determinadas circunstâncias, aquando da transmissão desses genes dos progenitores para os descendentes, poderá herdar-se genes com anomalias. Esta alteração ou mutação interfere com a actividade normal do gene, tornando o indivíduo mais susceptível ao cancro da Mama. Desta forma, um indivíduo com uma mutação num destes genes tem um risco acrescido de vir a ter um cancro da mama e/ou ovário podendo também transmitir essa cópia do gene alterado à sua descendência. A acção destes genes será mais à frente tratada.

Menstruação anormal – As mulheres cuja menstruação ocorreu antes dos 12 anos têm um maior risco de padecer de cancro da Mama, aumentando o risco quanto mais cedo aparecer a menarca (primeira menstruação). Além disso, uma vida menstrual longa, bem como uma menopausa tardia (após os 55 anos) aumenta o risco de cancro, embora estes factores tenham pouca influência sobre este risco.

Raça – A raça é um dos factores com menos importância ou até mesmo nula para o aparecimento de um cancro da Mama. Pode estar relacionada com cada zona do mundo, contudo, esta situação leva para a importância do ambiente no surgimento de um cancro. o cancro da mama ocorre com maior frequência em mulheres caucasianas (brancas), comparativamente a mulheres Latinas, Asiáticas ou Afro-Americanas, estando esta situação relacionada com a zona do munda onde vivem e com o ambiente dos seus países. Como factores de risco modificáveis/associados ao estilo de vida tem-se:

Consumo de álcool/tabaco – Alguns estudos sugerem haver relação entre a maior ingestão de bebidas alcoólicas e o tabaco com o risco aumentado de ter cancro da mama.

Alimentação – Cada vez são mais as evidências que a alimentação inadequada (tendo em conta o consumo de álcool), junto com a inactividade física e a obesidade, constituem factores fundamentais no desenvolvimento de um grande número de graves doenças crónicas, tais como a diabetes, as doenças cardiovasculares, a osteoporose e o cancro, entre outras. É necessário, por isso, ter um cuidado especial com a alimentação, sendo que, os médicos recomendam uma dieta mediterrânica, isto é, à base de vegetais e fruta. Muitas das mortes por cancro ocorrem devido a factores relacionados com a alimentação. Os tumores relacionados com a alimentação inadequada e álcool são o cancro da boca e faringe, da laringe, esófago, fígado, pâncreas, pulmão, colo-rectal, mama, próstata e rim.

Actualmente existe consenso relativamente aos conselhos para manter uma alimentação saudável, que proteja os indivíduos do aparecimento de certas patologias, como o cancro da Mama:

1. Fazer uma alimentação variada, para conseguir o equilíbrio entre os diferentes nutrientes;
2. Reduzir o consumo de gorduras, especialmente saturadas e colesterol;
3. Alcançar e manter o adequado índice de massa corporal (20-25);
4. Aumentar o consumo de hidratos de carbono complexos e de fibras alimentares;
5. Reduzir o consumo de sódio; Não consumir ou reduzir o consumo de álcool abaixo dos limites de risco.

Obesidade após a menopausa - As mulheres que são obesas, após a menopausa, apresentam um risco aumentado de desenvolver cancro da mama. A obesidade está relacionada com uma proporção anormalmente elevada de gordura corporal; tendo em conta que o corpo produz alguns estrogénios (hormona feminina) no tecido gordo é, assim, mais provável que as mulheres obesas apresentem níveis elevados de estrogénios e, consequentemente, risco aumentado para cancro da mama.

Exercício físico - Mulheres que são fisicamente inactivas, durante a sua vida, parecem ter um risco aumentado para cancro da mama. Assim, estar fisicamente activa pode ajudar a diminuir este risco, através da prevenção do aumento de peso e da obesidade.

Nuliparidade ou primeira gravidez depois dos 30-35 anos – Segundo estudos, o facto de não ter filhos ou de ter a primeira gravidez após os 30 anos aumenta o risco de padecer deste tipo de cancro.

Exposições aos agentes cancerígenos – Estes podem ser físicos e químicos. No domínio dos físicos tem-se: os raios X, raios gama, raios cósmicos e raios ultra-violetas. Quanto aos agentes químicos tem-se: o gás mostrada, gás radão resultante do decaimento do urânio e as radiações nucleares.

Uso de determinados medicamentos – Em geral, estudos revelam que o aumento de estrogénios no sangue aumenta o risco de cancro da mama nas mulheres.

Mulheres que tomam terapêutica hormonal para a menopausa (apenas com estrogénios ou estrogénios e progesterona), durante 5 ou mais anos após a menopausa parecem, também, apresentar maior possibilidade de desenvolver cancro da mama.

Além disso, a toma da pílula aumenta, também, o risco de cancro da Mama na mulher, uma vez que é uma terapêutica hormonal à base de estrogénios e que faz aumentar a concentração destas hormonas no sangue. Contudo, as mulheres têm de medir as vantagens e desvantagens em relação à pílula, concluindo, assim que as primeiras são muito superiores.

Muitos dos factores de risco citados podem ser evitados contudo outros, como a história familiar, não podem ser evitados. É, no entanto, útil saber e estar consciente dos factores de risco, ainda que muitas mulheres com estes factores de risco não apresentem cancro da mama. A maioria das mulheres que desenvolvem cancro da mama não tem história de cancro da mama na sua família; de facto, com excepção do envelhecimento, muitas mulheres com cancro da mama não apresentam fortes factores de risco para a doença.

Tuesday, May 1, 2007

Evolução de um cancro da mama

O cancro da Mama desenvolve-se ao longo de 5 estádios/fases após o seu surgimento no tecido mamário. É importante referir que durante os primeiros tempos da evolução de um cancro os sintomas pelos quais é conhecido um cancro mamário não se revelam, pelo que é muito complicada uma detecção muito precoce desta doença, razão pela qual muitos cancros da Mama são diagnosticados tardiamente, o que dificulta a recuperação do doente. O conhecimento do estádio em que se encontra o tumor é deveras importante, uma vez que será possível ao médico planear o tratamento mais adequado. Assim, as diferentes fases da evolução deste tipo de cancro são:

Estádio O - Nesta fase, as células tumorais desenvolvem-se descontroladamente, contudo, não têm um carácter invasivo, ou seja, não atingem outros tecidos, localizando-se unicamente no interior dos ductos mamários. Este estádio 0 corresponde ao carcinoma ductal in – situ.

Estádio I – Aquando desta fase o tumor tem uma dimensão até 2 cm e tem a forma de um caroço, continuando com um carácter não invasivo, uma vez que não há evidência de que as células neoplásicas tenham atingido tecidos próximos.

Estádio II - Durante este estádio de evolução podem ocorrer várias situações como o tumor continuar a ser inferior a 2 cm estendendo-se aos gânglios da axila, entendendo-se por gânglios uma dilatação que ocorre num determinado local de um vaso linfático. Outra situação que poderá ocorrer é o nódulo crescer, mas sem ultrapassar 5 cm, tendo 50% de hipóteses de atingir os gânglios axilares. Além disso, poderá acontecer que o tumor atinja uma dimensão superior a 5 cm, contudo, não desenvolve metastização isto é não se alastra a outros tecidos próximos ou distantes da fonte do tumor maligno.

Estádio III - No decorrer desta fase há duas possibilidades acerca do ponto de situação da evolução do tumor. Este poderá ter mais de 5 cm, tendo já atingido os órgãos adjacentes à glândula mamária bem como os seus tecidos e gânglios linfáticos. Os tecidos/gânglios linfáticos em que a invasão das células neoplásicas neste estádio é mais frequente são os das axilas, pelo facto de serem os que se encontram mais próximo deste órgão.

Estádio IV – Nesta última e bastante avançada fase, as células tumorais apresentam extensão a outros tecidos e órgãos do corpo, proliferando em alguns deles, ocorrendo, assim a metastização. Normalmente estas metástases são distantes, isto é, as células neoplásicas chegam a atingir órgãos muito distantes da fonte do tumor, como o fígado, ossos, pulmão e pele.

Monday, April 30, 2007

Sintomas de um cancro da mama

Para um diagnóstico precoce, com vista a um tratamento eficaz do cancro da Mama, é necessário que a mulher/homem estejam atenta a todas as modificações que ocorrem no seu corpo, nomeadamente na sua zona mamária. É com a observação de qualquer alteração no funcionamento geral do organismo que um diagnóstico começa. Assim, o cancro, como outras doenças, apresenta diversos sintomas, aos quais o indivíduo deve estar atento:





- Qualquer alteração na mama ou no mamilo, quer no aspecto quer na palpação;
- Secreção ou perda de líquido pelo mamilo, podendo ou não ser sangue;
- Sensibilidade no mamilo;





Uma dor persistente, que não desaparece, mesmo após a toma de analgésicos, tanto durante como após o período menstrual, é um sintoma importante para o diagnóstico deste tipo de cancro.





- Retracção da pele da mama ou do mamilo (figura ao lado) ;
- Inchaço significativo da pele da mama;
- Pele da mama com aspecto escamoso ou vermelho;
- Existência de um sinal que se altera;
- Aparecimento de um nódulo ou dureza anormal no corpo, principalmente nas axilas;
- Cicatrização díficil de uma ferida

O surgimento de um nódulo ou úlcera em alguma zona do organismo, assim como a persistência de uma ferida na pele ou na boca, que não cicatriza, é motivo para se suspeitar de um cancro.


Todos este sintomas devem ser tomados em conta pela mulher (ou homem), podendo, assim, fazer-se um diagnóstico precoce que evitará o avanço do cancro, podendo este ser tratado, uma vez que quanto mais cedo, mais eficazes e menos agressivos são os tratamentos.

Sunday, April 29, 2007

Diagnostico do cancro da mama

É fundamental que o diagnóstico do cancro da mama seja feito o mais precocemente possível, pois isto aumenta as hipóteses de cura, evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo (metastização), favorecendo o tratamento, a recuperação e a reabilitação. Ao contrário de outros órgãos, a mama é um órgão facilmente acessível, através da observação/palpação, o que permite uma maior facilidade na detecção de lesões nela existentes. Contudo, em caso de dúvida, deve-se recorrer a exames auxiliares pois estes conseguem detectar tumores numa fase em que estes ainda não são palpáveis, designada fase sub-clínica.

Assim, com base na importância de um diagnóstico precoce desta doença, é necessário à mulher a realização de diversos exames periódicos, cuja execução pode ser feita ou não pela própria. Os exames periódicos são exames que a mulher deve fazer frequentemente independentemente de suspeitar ou não da presença de um tumor na mama. Como exames periódicos há a considerar:


Auto-exame da Mama


O auto-exame mamário, como o próprio nome indica, é uma técnica através da qual a mulher examina os seus próprios seios. Este processo deve ser feito mensalmente e após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam, assim como as que já se encontram na menopausa, ou ainda as que se submeteram a uma histerectomia (remoção do útero), devem escolher um dia em cada mês, onde procedem ao exame.
Este exame permite detectar nódulos que podem ser de origem maligna ou benigna, sendo que a mulher deverá consultar um médico para este avaliar qualquer alteração verificada durante este exame. O auto-exame da mama é uma opção para as mulheres com cerca de 20 anos, sendo que é essencial consultar o médico ou uma enfermeira para que estes possam informar o método adequado para efectuar este exame, o que vai permitir à mulher conhecer melhor os seus seios e assim, detectar com mais facilidade qualquer alteração.








Exame clínico mamário




O exame clínico mamário é realizado por um profissional de saúde treinado para tal e deve ser instituído como rotina nos exames físicos. Este exame apresenta as mesmas vantagens que o auto-exame, nomeadamente na ausência de efeitos colaterais, baixo custo e o facto de ser de fácil realização. As mulheres entre os 20 e os 30 anos de idade devem dirigir-se a um técnico de saúde especializado a cada 3 anos, no sentido de fazer este exame clínico. A partir dos 40 anos as mulheres devem efectuar este exame uma vez por ano.
Quando, no entanto, há uma suspeita de cancro da mama, baseada em sintomas e exames já realizados, a mulher deve averiguar esta situação, efectuando diversos exames que poderão concluir de forma mais segura se há ou não um tumor na mama. Na verdade, são os exames periódicos que, normalmente, indicam alguma alteração que levam a mulher a realizar exames mais rigorosos. São muitos os casos onde a mulher apenas faz os exames clínicos após ter feito um auto-exame da mama, onde encontra alterações na sua mama. Nos Estados Unidos da América, esta situação é frequente, pois 90% dos cancros da mama são descobertos pela própria mulher durante o seu auto-exame. Contudo, actualmente, os médicos aconselham as mulheres a fazerem estes exames rigorosos como rotina e não, simplesmente, quando há uma suspeita:

Mamografia / Mamograma



É o principal exame das mamas, realizado através de raios X específico para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação. Determina, ainda, se perante alguma alteração é necessário recorrer a uma biopsia. É um exame de alta sensibilidade, mas está directamente relacionada com a idade da mulher, sendo esta tanto menos sensível quanto mais nova for, isto porque têm uma maior densidade no tecido mamário. Devido a isto e ao facto de a radiação ionizante utilizada neste exame ser considerada factor de risco para o cancro da Mama, a mamografia não deve ser feita em mulheres muito jovens e nem praticada de forma indiscriminada.
Normalmente este exame é proposto nos programas de rastreio, para mulheres a partir dos 40 anos, visto este exame ser bastante eficaz para esta idade.
Muitas das vezes, são detectadas nas mamografias acumulações de cálcio, não resultantes da dieta da mulher, mas sim, de radiações, traumatismos e imflamações. A maioria destes “blocos” são inofensivos mas alguns podem querer indicar a existência de um cancro da mama.






Ultra-sonografia


Esta técnica é um importante método auxiliar que informa sobre o estado da pele e dos tecidos sub-cutâneos, celular e muscular, e ainda possibilita a distinção entre tumores sólidos (nódulo maligno) e líquidos (cistos). A ultra-sonografia pode ser, ainda, útil na avaliação de nódulos clinicamente palpáveis mas não evidenciáveis pela mamografia. Este processo complementa a mamografia.
Citologia Aspirativa



Esta técnica consiste em, por meio de uma agulha fina e de uma seringa, o médico aspirar uma certa quantidade de líquido ou uma porção pequena do tecido do nódulo, para posterior exame microscópico. Esta técnica é bastante semelhante à biopsia.



Biópsia


A biópsia consiste num procedimento, cirúrgico ou não, onde se recolhe uma amostra do tecido do possível tumor, para mais tarde ser examinado ao microscópio, concluindo se se trata de um cancro da mama.
Os médicos podem retirar células ou tecido da mama, recorrendo a diferentes métodos:







Aspiração com agulha fina: o médico usa uma agulha fina para remover células de um nódulo na mama, que deverá ser analisado num laboratório, onde um patologista usa um microscópio para procurar células cancerígenas.


Biópsia "Core": o médico usa uma agulha para remover tecido mamário. Um patologista analisa o tecido, para ver se tem células cancerígenas; este procedimento é, também, chamado microbiópsia.


• Biópsia cirúrgica: numa biópsia incisional, o cirurgião remove uma amostra de um nódulo ou de uma zona anormal. Se for uma biópsia excisional, o cirurgião remove completamente o nódulo ou a zona anormal. Posteriormente, um patologista analisa o tecido retirado, para ver se tem células cancerígenas.

Receptores hormonais


Por vezes, o médico solicita testes médicos que revelam se as hormonas existentes no sangue estimulam ou não o desenvolvimento de um cancro da Mama.

Saturday, April 28, 2007

Prevenção do cancro da mama

Uma vez que as causas do cancro da Mama são, ainda, desconhecidas/incertas a prevenção é muito limitada. Desta forma, a prevenção é centrada nos factores modificáveis, tais como adoptar estilos de vida saudáveis, actividade física regular, adoptar uma alimentação saudável e restringir o mais possível o consumo de álcool e de tabaco. Fazer exames regularmente (exames periódicos) é, também, um comportamento muito importante para a prevenção do cancro da Mama pois, embora não previna, ajuda a que o cancro possa ser detectado precocemente, o que leva a que o tratamento possa ser melhor sucedido.
A prevenção do cancro da Mama, assim como qualquer outro tipo de cancro, tem como principais objectivos a diminuição da incidência desta doença, uma vez que cerca de 75-80% dos cancros podem atribuir-se a factores externos que, de forma geral, a pessoa pode modificar e portanto diminuir o risco de desenvolvimento de um cancro; e a diminuição da mortalidade que esta causa pois caso haja uma detecção precoce de um cancro este pode ser curado, visto estar numa inicial.
Assim, as principais medidas de prevenção estão relacionadas com os factores de risco modificáveis, ou seja, aqueles que estão relacionados com o estilos e vida de cada um, e que podem ser mudados para que não se corra nenhum risco de vir a padecer de cancro da Mama.

Além destas medidas preventivas, existem ainda outras para as quais é necessário um acompanhamento médico e uma reflexão acerca de muitos tratamentos de prevenção, por vezes radicais e definitivos.

• Prevenção cirúrgica

A prevenção cirúrgica é, actualmente, a abordagem mais eficaz para prevenir o cancro da mama nas mulheres com mutações BRCA1 e 2. A ooforectomia profiláctica (remoção dos ovários) diminui o risco de cancro da mama em 50%. Nas mulheres que considerem esta opção, ela deve ser recomendada após a mulher ter constituído a sua família e, idealmente, deve ser realizada entre os 35-40 anos. Com a remoção dos ovários, principal fonte de estrogénios na mulher, provoca-se uma menopausa precoce com o risco de problemas para esta como disfunção sexual e osteoporose. Contudo, esta remoção vai fazer com que o risco de cancro da mama diminua, uma vez que os estrogénios, relacionados com o aumento de cancro da mama, estão em menor quantidade.
A mastectomia profiláctica reduz o risco de cancro da mama numa mulher com mutação BRCA1/2. A diminuição de risco está directamente relacionada com a quantidade de tecido mamário que se remove, embora os resultados estéticos sejam, classicamente, melhores com a cirurgia denominada masmectomia (em que se preserva a pele e o mamilo mas em que pode restar até 20% de tecido mamário). O esforço actual centra-se no desenvolvimento de técnicas cirúrgicas capazes de remover a maior quantidade possível de tecido mamário, desenvolvendo simultaneamente metodologias de reconstrução com resultados estéticos favoráveis.

Quimioprevenção

A existência de um fármaco capaz de prevenir o cancro da mama e do ovário pode oferecer uma alternativa à prevenção cirúrgica. O fármaco tamoxifeno é eficaz na prevenção do cancro da mama em mulheres de médio risco. No entanto, o seu papel na prevenção do cancro da mama nas mulheres com mutações no gene BRCA1/2 não está completamente esclarecido.

Friday, April 27, 2007

Tratamentos do cancro da mama

Desde que o cancro foi identificado, os investigadores têm procurado tratamentos eficazes para esta doença. Nas últimas décadas, têm-se feito progressos importantes no tratamento do cancro, tendo-se reconhecido que esta não é uma única doença, mas sim um grupo de doenças, cada uma delas requerendo diferentes tipos de cuidados. Os avanços científicos e tecnológicos dos últimos anos têm proporcionado novos conhecimentos sobre o cancro, o que se traduz numa significativa melhoria no tratamento da doença.
O tratamento de cada caso deve ser adaptado à realidade de cada doente, individualmente.
O plano de tratamento é decidido e realizado por uma equipa de especialistas (multidisciplinar) trabalhando em colaboração uns com os outros. Geralmente os tratamentos do cancro seguem protocolos. Estes são um conjunto de normas e planos de tratamento que se estabelecem, baseando-se na experiência científica, para o tratamento de uma doença. Estes protocolos que, de forma geral, se aplicam em todos os hospitais, incluem indicações e limites de tratamento em função de uma série de factores relacionados com o tumor (tipo, localização e tamanho, afectação de outros órgãos ou de gânglios) e com o paciente (idade, estado de saúde, outras doenças, desejo do próprio paciente).
Assim, entre os tratamentos conhecidos temos:

Quimioterapia: Segundo a médica Dr. Mónica Nave , esta consiste no uso de medicamentos anti-cancerigenos, que podem ser ingeridos oralmente, por injecção intravenosa ou ainda por injecções intramusculares. Estes medicamentos entram na corrente sanguínea, circulando por todo o corpo, actuando de várias maneiras diferentes: alguns deles têm como objectivo interferir com a capacidade que a célula cancerosa tem de se reproduzir; outros interferem com processos químicos essenciais, dentro das células, acabando por eliminar as células cancerígenas que eventualmente se tenham espalhado pelo corpo (no caso do cancro da mama, pode acontecer que as células invadam também a zona axilar). Os compostos químicos que atacam com sucesso a divisão contínua das células malignas, no entanto, atacam também as células sãs e podem originar efeitos secundários indesejáveis, como a queda de cabelo.Normalmente administram-se vários ciclos de quimioterapia com intervalos de algumas semanas e portanto o período total de tratamento pode prolongar-se por vários meses.

Radioterapia: A radioterapia é a segunda forma mais comum de tratamento, embora para alguns tipos de cancro não seja um método de tratamento adequado. Cerca de metade de todos os doentes de cancro recebem uma forma de radioterapia, seja isoladamente ou em combinação com outras formas de terapia. Nos últimos anos, os aperfeiçoamentos das técnicas e processos de radioterapia e do equipamento resultaram numa utilização mais eficaz deste método como tratamento principal para alguns cancros. Alguns cancros são particularmente sensíveis ao rádio, sendo totalmente curados desta forma.
A radioterapia é uma forma de actuação terapêutica que utiliza radiação ionizante, como os raios X, raios gama ou partículas sub-atómicas, para lesar ou destruir as células dos tumores malignos. A radioterapia utiliza, pois, os mesmos tipos de radiação que são utilizados na realização de radiografias ou exames de medicina nuclear, residindo a diferença no facto de na radioterapia a energia das radiações utilizadas ser muito superior.
A radiação ionizante "ataca" as células cancerosas ao causar alterações no seu material genético, o que interfere com a sua capacidade para se multiplicarem e, consequentemente, com o crescimento do tumor. Durante o tratamento as células normais localizadas na vizinhança das células malignas são também atingidas, mas, geralmente, conseguem recuperar e sobreviver.Consoante a localização da fonte de radiação em relação ao corpo do paciente vamos ter uma das duas formas da radioterapia:

- Radioterapia interna, na qual a radiação tem origem a partir de uma fonte que é colocada no interior do organismo, seja numa cavidade natural - radioterapia intracavitária - seja implantada no interior do próprio tumor- braquiterapia ou radioterapia intersticial.


- Teleradioterapia ou radioterapia externa, na qual a fonte de radiação está a uma certa distância do paciente, geralmente num equipamento de grandes dimensões, como são a unidade de Cobalto e o acelerador linear. Neste tipo de tratamento, que é o mais comum, os pacientes são tratados em ambulatório, em sessões de curta duração que se repetem diariamente, podendo prolongar-se por várias por semanas, dependendo do problema em causa.
A radioterapia é frequentemente utilizada em conjugação com outras formas de tratamento do cancro. No cancro da mama, a radioterapia é muitas vezes usada depois da remoção cirúrgica dum cancro da mama maligno, para destruir algumas células remanescentes do tumor. A radioterapia também pode ser usada para reduzir o tamanho dum tumor, ou para destruir células do cancro da mama que se tenham deslocado para outras partes do corpo. A radioterapia, no entanto, só é usada quando os benefícios compensam largamente os riscos de causar danos no tecido são.
Em alguns casos pode ser utilizada antes da cirurgia, para reduzir o tamanho do tumor, tornando-a menos complicada. Noutros casos, pode prolongar a vida, ao controlar temporariamente o crescimento de um tumor. Neste contexto, a radioterapia é particularmente útil quando o cancro está confinado a uma região do corpo, mas demasiado avançado para ser totalmente tratado através de cirurgia. A radiação pode também ser usada para aliviar a dor, fazendo diminuir o tamanho do tumor que está a exercer pressão sobre um nervo, por exemplo.


Hoje em dia, existem novas técnicas envolvendo a radioterapia, como é o caso da radioterapia intra-operatória, na qual, como o próprio nome indica, o tumor ou o seu leito é irradiado durante a cirurgia, ou a radioimunoterapia, na qual se associa a radioterapia à imunoterapia, o que se faz conjugando as substâncias radioactivas com anticorpos produzidos pelo sistema imunitário do organismo (como iremos referir posteriormente). Estes anticorpos são específicos para as células malignas, pelo que o material radioactivo é levado directamente a estas células, diminuindo assim os efeitos da radiação sobre os tecidos normais.


Hormonoterapia: Em condições normais, as células da glândula mamária sofrem determinadas alterações, em função da acção das hormonas, sobretudo dos estrogénios: desenvolvimento na puberdade, aumento durante a gravidez, secreção de leite durante o período de lactação.
Alguns tumores com origem nestas células, podem conservar a capacidade de resposta às mudanças hormonais, deixando de crescer se as hormonas que estimulam o seu desenvolvimento forem suprimidas ou se forem administrados medicamentos que bloqueiem o referido factor de crescimento.
Por este motivo, a hormonoterapia tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a receber a hormona que estimula o seu crescimento. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos, que modificam a forma de actuar das hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis pela produção dessas hormonas.


Imumoterapia: Consiste no uso de substâncias que modificam a resposta do sistema imunitário do organismo, com o objectivo de destruir as células tumorais. No caso do cancro da mama, através do sistema imunitário e com recurso a diversos medicamentos, irão ser destruídas as células que estão a sofrer uma divisão anormal e portanto, a formar o tumor. A terapia hormonal e a imunoterapia são dois tipos de tratamentos usados em situações específicas e em que se preveja que estas podem beneficiar destes tratamentos.


Terapia com anticorpos monoclonais: As células tumorais "fabricam" substâncias que lhes permitem dividir-se continuamente ou invadir os tecidos sãos, provocando metástases. Uma dessas substâncias é a proteína HER2, que estimula o crescimento das células tumorais. Recentemente, foi desenvolvido um medicamento que actua nas células tumorais, que é um anticorpo monoclonal. Este medicamento actua nestas células que apresentam um excesso da proteína HER2, de modo a impedir que as células se multipliquem e ataca somente as células tumorais, sem qualquer efeito sobre as células sãs.
Um anticorpo monoclonal é uma proteína sintética que foi preparada expressamente para atingir células cancerosas específicas no organismo, bloqueando a função dum gene de cancro específico, associado ao crescimento de cancro da mama agressivo. A única terapêutica actualmente existente com anticorpos monoclonais atinge e bloqueia a função do gene HER2 do cancro.


O uso de um anticorpo monoclonal, representa uma nova e promissora opção para tratar doentes que após realizarem o teste revelam-se HER2 positivas (a maior parte das pessoas que tem cancro são HER2 positivo, a sua forma mais agressiva).
Como mostram os resultados clínicos, esta nova abordagem do cancro da mama é um grande avanço para as doentes HER2-positivas, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade de vida e prolongando a vida das doentes com formas agressivas de cancro da mama.
Contudo, este tipo de tratamento está condicionado à existência de um diagnóstico fiável do status de HER2. O diagnóstico do status do HER2, é feito utilizando testes altamente sensíveis. Estes testes não só determinam se uma doente é ou não HER2-positiva, mas também constituem um prognóstico acerca das doentes que poderão responder a este tratamento.


Cirurgia: é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar. Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou o tamanho da mama.


Tumorectomia: é a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.
Actualmente, em casos muito concretos, é estudada a possibilidade de evitar o esvaziamento axilar (ou seja, a excisão dos gânglios da axila), através da excisão de um só gânglio, especificamente seleccionado (gânglio sentinela), utilizado para controlar quais os tecidos afectados.



Mastectomia: pode ser radical (clássica), caso em que o cirurgião extrai a mama, os músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Raramente é utilizada. No entanto, hoje em dia, a mais praticada é a designada mastectomia radical modificada, que permite conservar os músculos peitorais, para facilitar uma posterior reconstrução estética.


Mastectomia simples ou total: é a cirurgia que remove apenas a mama. Às vezes, no entanto, os gânglios linfáticos mais próximos também são removidos. É aplicada em casos de tumor difuso. Pode manter-se a pele da mama, que auxiliará muito a reconstrução plástica.




Quadrantectomia ou Lumpectomia: é a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor. É, pois, um tratamento que conserva a mama.A radioterapia é aplicada após a cirurgia.



Efeitos secundários

Tendo em conta que se trata de uma intervenção cirúrgica, não existem efeitos secundários imediatos, excepto os que possam surgir no local da incisão:

• Infecção local
• Hematoma (sangue acumulado)
• Seroma (líquido transparente acumulado)

• Esvaziamento axilar:
• Linfedema: inchaço, por acumulação de líquido no braço e na mão. Regra geral, não aparece imediatamente, podendo demorar alguns meses ou mesmo anos.

Precauções
• Retirar sangue no braço contrário à intervenção;
• Determinar a pressão arterial no braço contrário à intervenção;
• Proteger as mãos com luvas, sempre que realizar actividades que possam provocar qualquer tipo de ferida (jardinagem, bricolagem...)

Thursday, April 26, 2007

Consequências emocionais do diagnostico e tratamento

O aparecimento de cancro da mama na vida de uma mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da própria doença. A mulher pode deparar-se com a perda de um órgão altamente investido de representações, assim como o medo de ter uma doença sem cura, repleta de sofrimentos e dúvidas.
A partir do diagnóstico confirmado, o paciente vê a sua vida tomar um rumo que nunca pensou que iria tomar, já que o cancro pode acarretar significativas mudanças ao nível pessoal/familiar e profissional.
Desta forma, acaba por trazer implicações no seu quotidiano e nas relações com as pessoas do seu contexto social.
Os familiares devem estar presentes de forma activa, aceitando a doença e assumindo papéis que não foram escolhidos mas sim impostos pela fatalidade do adoecimento, interrompendo planos ideias, e perspectivas futuras. Essa adaptação deve mudar de acordo com o avanço ou recuo da doença.
Mas por outro lado, o paciente saber que tem uma doença sem causa definida trás ainda mais culpa e angústia. Conseguir interiorizar os passos seguintes da doença é bastante doloroso, uma vez que os tratamentos que são necessários implicam muitas vezes mutilações, náuseas, vómitos, alopecia (queda de cabelo), além de alterações sexuais e reprodutivas como a menopausa precoce.
Há oito preocupações que são demonstradas por pacientes que viveram doenças crónicas que ilustram claramente os maiores problemas trazidos também pelas mulheres com cancro da mama, que são:
1. Perda do controlo sobre a vida
2. Mudanças na auto-imagem
3. Medo da dependência
4. Estigmas (cicatrizes permanentes)
5. Medo do abandono
6. Raiva
7. Isolamento
8. Morte

Diversas pesquisas relevam também que a ansiedade e a depressão estão entre os problemas psicológicos mais frequentes entre os pacientes com cancro. 20-30% das pacientes com cancro da mama têm ansiedade, depressão e baixa auto-estima nalgum momento após o diagnóstico, podendo verificar-se também após o conhecimento do diagnóstico e até mesmo após o tratamento.
Há também factores que podem estar associados com a ansiedade e depressão durante o cancro da mama. Esses factores são: variáveis demográficas, idade, nível educacional, estágio da doença, temperamento (pessimista ou optimista), respostas ao stress, estratégias de confrontação com a doença e o sentimento de culpa.
Pode considerar-se que o grau de depressão está directamente relacionado com a malignidade do tumor. Desta forma, só a suspeita de ter cancro pode trazer abalos significativos na vida de uma mulher. Mas a depressão pode não ser detectada pelo facto de que muitos dos seus sintomas, como falta de apetite e pouca energia podem estar associados aos efeitos dos próprios tratamentos ou às consequências do próprio cancro.
Em especial destaque há que considerar que quanto maior for a mutilação, mais traumático será o seu efeito. Neste caso, a mulher mastectomizada sofre sequelas maiores, já que vivência alterações significativas na sua imagem corporal. Um medo muito frequente entre as pacientes mastectomizadas é o de não ser mais atraente sexualmente. Desta forma, a presença do companheiro na reestruturação da sua integridade é fundamental.
Perante estas alterações psicológicas é, também, necessário a intervenção psicológica de um profissional junto da doente. O seu principal papel é o bem-estar da paciente contribuindo, assim, para uma boa qualidade de vida.

Wednesday, April 25, 2007

Genes do cancro da mama

Pequenas modificações no DNA de uma célula podem determinar profundas alterações em sua forma ou função. Essas mudanças no material genético são chamadas mutações e correspondem ao mecanismo básico de formação de uma célula maligna. As mutações responsáveis pela transformação maligna geralmente ocorrem nos genes que comandam a divisão celular ou controlam os processos de amadurecimento e morte da célula. Com esses controlos comprometidos, a célula passa a crescer e se multiplicar continuamente, dando origem ao cancro. As células se multiplicam através da divisão celular, quando são criadas duas novas células idênticas à original. Nesse processo, todo o material genético é duplicado e dividido igualmente entre as duas novas células. A célula transformada em maligna pela mutação do DNA perpetua a mutação a cada divisão celular, criando duas novas células malignas.
Muitos estudos têm sido publicados sobre as possíveis causas do cancro da Mama. Uma delas, como já foi referido anteriormente, são as mutações de certos genes possíveis causadores desta doença. Contudo, há certos genes que estão provados serem importantes para o surgimento deste tipo de cancro, como são os genes HER2 e BRCA1 e BRCA2.







Gene HER2



O gene HER2, responsável pela produção da proteína HER2, é um proto-oncogene, o que significa que embora a proteína HER2 tenha um papel regulador nas células com funcionamento normal, um erro aleatório no gene HER2 pode eventualmente conduzir ao desenvolvimento de cancro.



HER2 é a abreviatura de "Human Epidermal growth factor Receptor-type 2", ou seja, receptor tipo 2 do factor de crescimento epidérmico humano. A proteína HER2 é um produto de um proto-oncogene específico, um gene com potencial para causar o aparecimento de cancro. Em quantidades normais, a proteína tem um papel importante no crescimento e desenvolvimento de uma ampla categoria de células designadas por células epiteliais. Estas células constituem o revestimento exterior e interior do organismo e o tecido glandular. As células do tecido mamário responsável pela produção de leite são um bom exemplo de células epidérmicas.



A proteína HER2 pode ser encontrada dispersa pela membrana celular. A proteína transmite sinais que orientam o crescimento celular, desde o exterior da célula até ao núcleo localizado dentro da célula. Pequenas moléculas designadas por factores de crescimento aderem à proteína HER2 e sinalizam a célula para que esta cresça normalmente.




Habitualmente encontram-se duas cópias do gene HER2 em cada célula, que devem produzir uma quantidade adequada de proteína HER2 na superfície celular. Os cientistas verificaram que por vezes o gene HER2 se encontra amplificado, o que resulta em diversas cópias do gene e conduz à produção de proteína HER2 em excesso. O excesso de proteína HER2 envia sinais à célula para que esta se divida, multiplique e cresça a uma velocidade superior à verificada em células normais, o que contribui para a ocorrência e progressão do cancro. Por esta razão o gene HER2 surgiu como um importante factor de prognóstico, no cancro da mama. . Além disso, a crescente compreensão acerca do papel do HER2 no desenvolvimento do cancro da mama, levou os cientistas a conceber terapêuticas inovadoras dirigidas ao HER2.O proto-oncogene HER2 codifica um receptor transmembranário do factor de crescimento da tirosina, cuja expressão se encontra, frequentemente, aumentada no cancro da mama e noutros tipos de tumores sólidos.




Em resumo, depois de quase duas décadas de intensa investigação, desde a identificação do gene do HER2, a determinação do HER2 tornou-se uma ferramenta importante no tratamento dos doentes com cancro da mama. É previsível que, nos próximos anos, aumentem os conhecimentos dos cientistas sobre o papel do HER2 noutros tipos de tumor e venham a estar disponíveis uma série de inovadoras terapêuticas anti-HER2, para os doentes com tumores HER2-positivos.






Modelo da proteína do HER2.



O receptor HER está envolvido na regulação do normal desenvolvimento e crescimento da mama.

Modelo representativo de algumas das etapas envolvidasna tradução do sinal do factor de crescimento anormal:
Os receptores do HER parecem existir sob a forma de monómeros sobre a superfície celular. Estes monómeros estabelecem ligação com outros monómeros, formando receptores activos. Podem ocorrer ligações entre moléculas idênticas de receptores (um homodímero) ou entre diferentes membros da família de receptores HER (heterodímero). O HER2 parece ser o parceiro preferido para a heterodimerização.
A ligação a um complexo receptor heterodímero, incluindo a proteína HER2, conduz à activação da actividade intrínseca da proteína tirosina. A ligação que se faz com o HER2 e a sua identificação a partir destes heterodímeros, parece ser particularmente forte. Ocorre auto-fosforilação da tirosina em resultado dessa ligação, desencadeando uma série de fenómenos sequenciais que resultam na transmissão de sinais através da membrana celular e através do espaço intracelular até ao núcleo. A posterior activação do gene conduz à estimulação mitótica.
Indicadores do HER2: amplificação do gene ou do DNAe aumento da expressão do mRNA ou da proteína.

A sequência habitual da transformação oncogénica parece iniciar-se com a amplificação do gene HER2. Isto origina duas vezes mais cópias dos genes do que é habitual nas células epidérmicas: a amplificação do gene do HER2 aumenta a transcrição do gene do HER2, originando níveis aumentados de RNAm HER2 e o aumento da síntese proteica do HER2. Em consequência, aumenta a expressão da proteína HER2 sobre a superfície celular, causando, provavelmente, a activação dos receptores do HER2. Isto resulta no crescimento celular desordenado e em transformação oncogénica, em determinadas situações, dando origem ao cancro.

Gene brca 1 e brca 2


O estudo de famílias com agregação de múltiplos casos de cancro da mama levou ao isolamento dos genes BRCA1 e BRCA2, o primeiro localizado no cromossoma 17 e o segundo no cromossoma 13. Dependendo da população em estudo, mutações nestes genes explicam 15-45% do cancro da mama hereditário e, pelo menos, 80% do casos familiares hereditários de cancro da mama e ovário. Mulheres com mutações BRCA1 têm, ao longo da vida, risco de cancro da mama que atinge os 60-80% e risco de cancro do ovário de 20-40%. O risco de cancro da mama para as portadoras de mutações BRCA2 é de 60-85% e o de cancro do ovário 10-20%. Os homens portadores de mutações no gene BRCA2 têm um risco de cancro da mama de 6% que representa um risco 100 vezes maior que o dos homens da população em geral. Apesar de não representar uma certeza de desenvolvimento da doença, a presença dessas mutações exige uma atenção especial para o paciente visando um diagnóstico precoce.
Na ausência desses genes, a probabilidade de uma mulher desenvolver o cancro da mama nalguma fase da sua vida está próxima de 10% na maior parte dos países desenvolvidos, enquanto o risco para o cancro do ovário é de aproximadamente 1%. Assim, não ser portador dessas alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 não significa estar livre desses tumores.
Mutações no gene BRCA1 podem também estar associadas a carcinomas da próstata e cólon, enquanto que o espectro das mutações BRCA2 também pode incluir carcinomas do cólon, próstata, pâncreas, vias biliares, estômago e melanoma maligno.
Estrutura genética e espectro mutacional dos genes BRCA1 e BRCA2


O gene BRCA 1 codifica uma proteína de 1863 aminoácidos enquanto que o BRCA2 codifica uma proteína de 3418 aminoácidos. Não existem hotspots, ou seja, zonas destes genes com maior probabilidade de ocorrência de mutações e por isso, o rastreio de mutações é demorado visto que é necessário fazer o rastreio em toda a extensão dos dois genes. Estão descritas centenas de mutações distintas. A maioria provoca alteração na leitura do DNA, embora exista um cada vez maior número de mutações, algumas das quais alteram a função proteica mas, a maioria, difíceis de interpretar. Estão também descritas mutações durante a transcrição do DNA em mRNA.
Características dos tumores da mama BRCA1/2


As características clínicas que sugerem mutação BRCA1 e 2 são as seguintes: diagnóstico de cancro da mama em idade precoce (antes dos 40 e até antes dos 30 anos), alta prevalência de cancro da mama bilateral e associação de cancro do ovário, quer na mesma doente, quer nos seus familiares, com vários casos afectados. A associação entre cancro da mama e ovário é particularmente sugestiva de mutação BRCA.
A análise histopatológica dos tumores associados a estas mutações revelou que os tumores BRCA1 são habitualmente compostos por células tumorais indiferenciadas, que não expressam receptores hormonais para estrogénios (o aumento de estrogénios no sangue, é uma das causas do cancro da mama, como já foi referido anteriormente). Os carcinomas medulares da mama estão fortemente associados ao BRCA1. Embora não seja possível enunciar características típicas dos tumores BRCA2, pode dizer-se que as células destes tumores expressam mais frequentemente receptores de estrogénios e são habitualmente melhor diferenciadas que as dos tumores BRCA1.
Abordagem dos indivíduos e famílias com cancro da mama hereditário


O rastreio de mutações dos genes BRCA1/2 deve fazer-se no contexto de Aconselhamento Genético. O primeiro passo consiste em elaborar uma árvore genealógica que inclua familiares maternos e paternos, com os tipos de neoplasias, órgãos afectados e idade do diagnóstico. Para aferir o risco individual de cancro da mama pode usar-se o método de Gail, que tem em conta factores ginecológicos, obstétricos e da história pessoal (biopsias mamárias realizadas pela mulher) e familiar (mãe, filhas ou irmãs afectadas). O método de Gail tem várias limitações nas famílias com agregação familiar já que não inclui familiares de 2º grau (como tias afectadas), não tem em conta a idade do diagnóstico de cancro mama, nem permite incluir casos de outros carcinomas (como do ovário). Por isso, a metodologia de aferição do risco mais usada nas famílias com agregação familiar é o método de Claus. Neste, as idades em que os familiares de 1º e 2º grau (uma linhagem) foram afectados, são usadas para estimar a probabilidade de que um componente hereditário esteja subjacente ao padrão familiar de neoplasias. Os gráficos obtidos com os cálculos de Claus podem também ser úteis para transmitir a informação do conceito de risco a estas mulheres. Este método pode, no entanto, subestimar a probabilidade do componente hereditário BRCA1 e BRCA2 nos casos de risco alto na família paterna, se a doente não tiver irmãs, ou ainda se existir cancro do ovário em vez de cancro da mama nos familiares afectados.O cálculo da probabilidade específica de mutação BRCA1 e 2 pode ser feito recorrendo a um programa de computador que usa estimativas epidemiológicas de frequências de mutações nos seus cálculos e considera, numa árvore genealógica, os indivíduos afectados e os não afectados. Um modelo empírico publicado pela Myriad Genetics Laboratories permite, de forma simples, calcular o risco de mutação BRCA1/2 em mulheres com cancro da mama antes dos 50 anos.

Tuesday, April 24, 2007

O Pós-cancro da mama

Após o tratamento de um cancro da Mama são muitas as etapas que o doente tem de percorrer para que esteja totalmente curado e bem consigo próprio, em relação à sua imagem e bem-estar. O período de recuperação após um cancro da Mama é deveras importante e depende das características individuais do doente, com a extensão da doença e o tratamento recebido. A prática de exercício físico é muitas vezes recomendada pelo médico logo após a cirurgia, ajudando a restabelecer os movimentos e a recuperar a força nos braços e ombros., auxiliando, também, na diminuição da dor e da rigidez das costas e pescoço. Inicialmente, estes exercícios são suaves, mas com o passar do tempo de recuperação tornam-se mais vigorosos.
Além da prática de exercício físico, outras técnicas pós-cancro são indicadas ao doente:

Follow-up
Esta técnica tem como objectivo o seguimento do indivíduo após ter concluído o tratamento, como forma de prevenção de recaídas, sendo necessário que o doente esteja atento a todos os sintomas ou efeitos secundários que possam induzir uma recaída. Inicialmente, estas consultas de acompanhamento ocorrem de cada 4 ou 6 meses, sendo que após 5 anos estas ocorrem apenas uma vez por ano.
Neste acompanhamento é necessário, também, a presença de um psicólogo, uma vez que estes doentes passaram por situações bastante difíceis, que podem ser ultrapassadas falando com pessoas que passaram pelo mesmo (como as reuniões de grupo, anteriormente referidas). Por exemplo, mulheres que tiveram de se sujeitar a uma mastectomia terão de enfrentar questões como a perda de auto-estima e necessitam, por isso, de um acompanhamento médico e psicológico, além do apoio da família, sendo que todos eles devem transmitir ao doente força e muito positivismo.


• Recidiva - Se, por algum motivo há suspeita de uma recaída, é necessário que se recorra a um médico, se preferência que acompanhou o doente ao longo de todo o processo de tratamento da doença. Este terá como função indicar diversos testes e, caso se confirme a recaída, começar os tratamentos que poderão ser cirurgia, radioterapia, terapia hormonal ou quimioterapia.


Cirurgia reconstrutiva ou de implante - Este tipo de operações tem como objectivo a reconstrução do seio, para que este fique o mais idêntico ao que a doente (os implantes são mais frequentes nas mulheres) possuía antes da mastectomia. É importante que, quando as mulheres tomam a decisão de recorrer a este tipo de cirurgia reconstrutiva, recorram a um cirurgião plástico que lhes dará informações acerca de quando a cirurgia será feita, assim como o tipo de cirurgia mais adequado, bem como os eventuais efeitos secundários.
Durante muitos anos, devido à possibilidade de haver uma ligação entre os implantes que se fazem nos seios e determinadas doenças do sistema imunitário, levou a que muitas mulheres não escolhessem os implantes como método de reconstrução do peito.Contudo, estudos recentes provaram que o recurso a implantes não leva a doenças do foro imunitário, nem leva ao aparecimento de novos cancros ou de eventuais recaídas


· Gravidez – tempos, os médicos recomendavam as suas doentes que não ficassem grávidas nos dois anos após o tratamento bem sucedido de cancro da Mama. Contudo, estudos feitos indicaram que o facto de a mulher ficar grávida neste período de tempo não aumenta o risco de padecer outra vez de cancro da Mama.

Monday, April 23, 2007

O que é a Próstata?

A Prostata é uma glândula que faz parte dos órgãos sexuais masculinos. Tem como função produzir e guardar o liquido prostatico , um dos fluidos que compõe o sémen. Este fluido tem por função neutralizar a acidez da vagina e a da urina acumulada na uretra, para além disto confere ao esperma o pH necessário a sobrevivência dos espermatozóides.


Sunday, April 22, 2007

O que é o cancro da Próstata?

O cancro da prostata é o cancro mais vulgar nos países desenvolvidos. È frequente aparecer nos homens a partir dos 55 anos de idade. As células cancerosas aparecem inicialmente no interior da prostata, mas não se espalham de seguida devido a uma cápsula que circunda o órgão. No caso da situação evoluir as células cancerosas espalham-se para outros órgãos, principalmente pulmões e ossos.
Embora muito frequente, ainda é desconhecida a causa exacta para o cancro da prostata.



Saturday, April 21, 2007

Evolução do cancro da Próstata: sistema de classificação de Gleason

O sistema de Gleason é baseado exclusivamente na arquitectura padrão do tumor da próstata. Este avalia a capacidade que as células de qualquer tipo de cancro têm para se edificar em glândulas com células semelhantes às da próstata em estado normal. A capacidade de um tumor em nidificar e tornar-se semelhante às células normais de uma glândula normal chama-se diferenciação. Um tumor que tenha uma boa diferenciação, tem a probabilidade de se tornar pouco maligno, devido às suas parecenças com o resto das células.

O princípio é bastante simples: a graduação de Gleason vai desde as células muito diferenciadas até as pouco diferenciadas, sendo esta caracterização feita pela observação ao microscópio. Para uma boa classificação deve-se ter em atenção alguns pormenores que só se conseguem ver após muito treino e experiência em oncologia.

O esquema seguinte demonstra a graduação da degradação de uma célula cancerosa:



Assim, na Graduação de Gleason, surgem vários níveis, cada qual com determinadas características:

▪ Níveis 1 e 2: Estes dois graus estão juntos pois a as células ainda são muito parecidas às células normais da glândula da próstata. Estes graus são os menos importantes pois ocorrem em grande parte da população e (porque – não ponhas isto) apenas apresentam um prognostico um pouco mais benéfico que o grau três. No grau 1 as células ainda estão agregadas, sendo que no grau 2 as células já estão um pouco mais separadas.

▪ Nível 3: Este é o grau mais comum e é considerada a fase moderadamente indiferenciada (já um pouco mais indiferenciada do que no grau 1 e 2). Isto ocorre porque os três graus possuem uma unidade glandular normal, como a próstata normal. Assim, cada célula faz parte de uma fila circular que forma uma cápsula de uma área central, o lúmen. Este contém uma secreção normal da próstata; cada unidade glandular é rodeada por um músculo que mantém a unidade glandular afastada. Em contrate com o segundo grau, há uma invasão da glândula para o estroma.

▪ Nível 4: Este é, provavelmente, o grau mais importante porque é o mais comum, pelo facto de existirem muitos casos actualmente e porque o prognostico dos doentes atinge um estado muito pior que em qualquer outro nível anterior. Existe também uma grande perca da arquitectura. Há, pela primeira vez, a perca da unidade glandular. De facto, o grau quatro é identificado, basicamente, pela perca da capacidade da formação das unidades glandulares. Este simples conceito não passa disso pois, na prática, é bastante complexo. Esta complexidade deve-se ao facto de cada corpo manifestar de forma diferente da construção das partes normais e destruição por arte das células cancerosas. Sendo o grau 4 o grau mais abrangente de todos é, então, mais difícil identificar sendo necessária bastante experiência.


▪ Nível 5: O processo de desdiferenciação é um passo significativo para um pobre prognóstico. A sua importância para a população em geral é reduzida devido a ser menos comum do que o grau 4, e é raramente visto em homens cujo diagnóstico foi precoce. Nesta fase, apesar das diferentes formas de evolução, todas apresentam algo em comum: a falta de capacidade das células de se agruparem e formarem uma glândula.




Escala baseada nos níveis da Graduação de Gleason



Quando um patologista analisa um cancro da próstata deve ver os padrões celulares mais vulgares e assim classifica-lo consoante a incidência de cada tipo. Podendo haver mais que um tipo aparentemente predominante cabendo ao patologista de os classificar como o que existe me maior incidência ou menor.

Ao desenvolver o seu sistema, o Dr. Gleason descobriu que ao dar uma combinação de classificações dos dois padrões mais comuns, que ele conseguia ver numa espécime de qualquer paciente, ele podia prever melhor se o paciente iria melhorar ou piorar. Por isso, a classificação de Gleason é uma combinação ou soma de dois números. Estas somas ou combinações de Gleason são determinadas da seguinte maneira:


1 - O resultado mais baixo de Gleason é 2 (1+1), quando ambos os padrões primários e secundários de Gleason tem uma classificação de 1 e por isso quando somados a combinação dá 2
2- Resultados muito típicos de Gleason poderão ser 5 (2+3) onde o padrão primário tem 2 e o padrão secundário tem 3 ou então 6 (3+3), um padrão puro que mais prevalece
3- Outro resultado típico de Gleason poderá ser 7 (3+4), onde o padrão primário tem o nível 3 e o segundo padrão tem grau 4.
4- Finalizando a possibilidade mais alta, 10 (5+5), quando o primeiro e o segundo padrão possuem o nível mais alto da graduação de Gleason.


Resumindo, quanto mais baixo os valores da graduação de Gleason melhor, e a menos tratamento terá que o paciente fazer.

Friday, April 20, 2007

Sintomas do cancro da Próstata

O cancro prostatico é caracterizado por vários sintomas:

- Aumento de frequência do acto de urinar (principalmente durante a noite por irritação da bexiga).

-Dificuldade ou mesmo impossibilidade em urinar (devido ao "aperto" da uretra pela Próstata).

-Dificuldade em iniciar ou suspender o acto de urinar.

-Jacto urinário com pouca força ou mesmo com interrupções.

-Dor ou ardor ao urinar.

-Dor ao ejacular.

-Sangue na urina ou no esperma.

A existência de sintomas não significa a presença de cancro da prostata, e felizmente na maioria dos casos as soenças são benignas. Apesar disto, é sempre importante ser diagnosticado por um médico especialista sempre que aparecerem estes sintomas. Esta doença aparece em homens com idade igual ou superior a 50 anos, mas para além de ser uma percentagem ínfima, e cada vez mais frequente em jovens.

Thursday, April 19, 2007

Doenças benignas da próstata

Nem todas as doenças relacionadas com a prostata são cancro. Existem várias doenças benignas que têm os sintomas idênticos ao cancro do mesmo órgão.

Infecção ou prostatite: infecção da glândula, em que os sintomas são grande dificuldade em urinar com ardor ou dor, febre e queda do estado geral. É, frequentemente, o primeiro sinal de doença na prostata.

Hipertrofia benigna da próstata (HBP): Surge a partir dos 50 anos. È uma doença prostatica benigna que tem como sintomas a diminuição do acto de urinar e do jacto urinário. Dificuldade em iniciar o acto miccional podendo chegar à retenção urinaria.
Felizmente, na maioria dos casos o aumento de volume da prostata não é uma situação grave e maligna, mas outra doença caratcteristica dos mesmos sintomas do cancro da prostata, como as referidas anteriormente.

Felizmente, na maioria dos casos o aumento de volume da prostata não é uma situação grave e maligna, mas outra doença caratcteristica dos mesmos sintomas do cancro da prostata, como as referidas anteriormente
Á medida que a idade do homem avança, e principalmente a partir doa 40 anos, é normal aumento do volume da prostata, que pode ser acompanhada por sintomas, mas o frequente é não aparecerem.
O aumento de volume desta glândula faz que haja um apertar da uretra, canal por onde corre a urina, causando assim a dificuldade em urinar, já referida. Por isso um dos sintomas é a necessidade de urinar mesmo quando há uma quantidade pouco significativa de urina.


Sintomas mais frequentes da HBP

- Jacto urinário com pouca força ou mesmo com interrupções.
- Dificuldade em iniciar o acto de urinar.
- Urgência em urinar com dificuldade em conter a urina.
- Urinar mais vezes, sobretudo durante a noite.

O tamanho da prostata não esta sempre relacionada com o aparecimento de sintomas. Existem homens com a prostata pouco aumentada e que apresentam sintomas, existindo também a situação inversa.

Evolução da doença

Uma HBP grave e não tratada pode ter graves consequências: Pode dificultar a cura e controle da doença bem como lesar órgãos relacionados, como rins e bexiga.

Diagnóstico da HBP

O diagnóstico desta doença é idêntico, ao realizado para um Cancro da Próstata, e será posteriormente referido.


Tratamento da HBP

Pode existir risco de haver cancro da prostata, por isso e vantajoso fazer o diagnostico frequentemente. Se não houver esse risco deve fazer-se a medicação especifica da doença.

Em casos em que a situação se agrava, utilizam-se antibióticos para combater infecções da bexiga, que aparecem frequentemente nestes casos. Como há um aumento de volume, utilizam-se medicamentos para atenuar e para baixar esse volume.

Quando os medicamentos não fazem efeito, recorre-se à cirurgia, na qual se utilizam métodos de excisão total ou parcial da prostata

Wednesday, April 18, 2007

Diagnóstico do cancro da próstata

O cancro da prostata cresce lentamente e os sintomas só aparecem numa fase já avançada da doença, por isso é tão importante o diagnostico. Tem-se diagnosticado cada vez mais cancros numa fase inicial, o que tem permitido a sua cura. Utilizam.se quatro tipos de exames para o diagnostico:

Toque rectal

O medico introduz o dedo no recto do individuo para detectar alterações na prostata, como nódulos, rogusidades e outras alterações na consistência.





PSA (Prostate Specific Antigen)


O PSA é um antigénio produzido pela prostata. Este teste requer uma analise ao sangue que detecta os níveis desse antigénio. Normalmente está a 4.0 nanogramas por milímetro, qualquer alteração deste valor pode ser indicio de cancro da prostata. Também o adenoma da prostata faz subir este valor.
Este exame, embora não tenha uma especificidade absoluta, tem sido nos últimos anos um precioso auxiliar na detecção desta doença.



(clique para ficar maior)


Ecografia prostática



É um exame feito a partir de ultra sons que permite obsevar a textura e forma da prostata, assim como se existe algum tipo de anormalidade no seu interior ou a existência da cápsula protectora. É normalmente feito por via rectal por introdução de uma sonda.
No caso de se verificarem existir aspectos suspeitos, o passo seguinte é normalmente a execução de uma biopsia prostática.


Biopsia prostática


Trata-se de um exame em que com o auxilio de uma agulha especila é feita a recolha de um pedaço da prostata suspeito de ter cancro.A agulha e guiada por um aparelho ecografico e a amostra tirada é analisada num laboratório de anatomopatologia que ira definir o diagnostico.