Thursday, May 10, 2007

Formação e multiplicação de um cancro

Salientando anteriormente os vários tipos de tumores malignos que existem, é de referir a sua formação.
Todos estes tipos cancros são causados por mutações nos genes (portanto génicas), causadas por factores externos, físicos ou químicos, como radiações (de várias gamas) e diversas toxinas e químicos. Estes agentes que desencadeiam todo o processo de formação do cancro chamam-se agentes carcinogéneos. Estes activam proto-oncogenes, genes que estão normalmente inactivos e que têm a capacidade de estimular o crescimento celular, e que após a mutação passam a designar-se por oncogenes, cuja função é estimular a divisão das células, podendo surgir um tumor. Podem, também, desactivar os designados genes supressores tumorais, cuja função consiste na inibição da divisão celular. Estes genes, os proto-oncogenes e os genes supressores tumorais têm como principal função manter estável a divisão celular, de acordo com as necessidades do organismo.


Na fase de progressão ou promoção, a última fase, existe um factor que não é em si um carcinogénio, mas ajuda ao estímulo do crescimento das células.
Em cada momento, cada organismo pluricelular é o resultado de um equilíbrio que se gere entre proliferação celular e a morte programada das muitas células que se dividem por dia no organismo humano. A morte destas células pode ocorrer por dois fenómenos distintos: a Apoptose e a Necrose.


Necrose – as células morrem devido a acção de substâncias tóxicas ou à falta de nutrientes essenciais. Apesar de manterem o núcleo intacto, aumentam de volume, rompe-se a membrana plasmática e verte-se o conteúdo da célula para o meio extracelular, causando uma pequena inflamação. É o resultado de, por exemplo, quimioterapia.
Apoptose – ocorre um conjunto de fenómenos programados geneticamente e que levam a morte da célula. Quando as células apresentam anomalias, sobretudo genéticas (como as células malignas), ou já não são necessárias ao organismo (como as células que existem no espaço interdigitais no desenvolvimento do embrião humano), desencadeia-se através de mecanismos determinados geneticamente e comuns a maioria das células, um conjunto de fenómenos que conduzem a um verdadeiro “suicídio” celular. A célula começa por se isolar das células vizinhas, compactando quer o citoplasma quer a cromatina. Seguidamente uma enzima (endonuclease) fragmenta o DNA em pequenas unidades e a célula fragmenta-se em pequenas porções sem que ocorra ruptura e, portanto, resposta inflamatória.



Num tecido normal a divisão celular é contrabalançada pela apoptose. Quando este equilíbrio se rompe pode surgir um cancro.
As mutações, atrás referidas, que ocorrem sobre os genes supressores tumorais e os proto-oncogenes podem ser transmitidas hereditariamente ou ocorrer esporadicamente.

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